VITAMINA D
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM, 2014), a vitamina D tem como papel fundamental a manutenção da massa óssea, porém, alguns estudos têm sugerido que ela pode influenciar também o sistema imunológico. Sua deficiência (hipovitaminose D) pode estar relacionada com o desenvolvimento de doenças autoimunes, como diabetes mellitus insulinodependente, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus, encefalite autoimune e artrite reumatoide. Diante dessas associações, sugere-se que a vitamina D seja um fator extrínseco, que pode ser capaz de afetar a prevalência dessas doenças
Já para as gestantes o consumo da vitamina D é ainda mais essencial. De acordo com a SBEM (2014) e com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2016), a gestação é considerada um período crítico e a deficiência desta vitamina, neste período, pode estar associada ao desenvolvimento de diabetes mellitus gestacional, vaginose bacteriana, pré-eclâmpsia, baixo peso do recém-nascido, além de se relacionar também com alguns desfechos tardios, como baixa massa óssea e aparecimento de marcadores de risco cardiovascular nas crianças em idade escolar. Além disso, durante a gestação, a vitamina D tem sido apontada como essencial para o equilíbrio do cálcio e do fósforo, tanto no organismo materno, como no fetal.
De acordo com a SBEM (2014) e a SBP (2016), a hipovitaminose D é um problema mundial e o Brasil apresenta uma taxa elevada em diversas faixas etárias. É importante enfatizar que é considerada população de risco para hipovitaminose D, pacientes com raquitismo ou osteomalácia, portadores de osteoporose, síndromes de má-absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Chron, cirurgia bariátrica), insuficiência renal e hepática, medicações que interfiram no metabolismo de vitamina D (anticonvulsivantes, colestiramina, glicocorticoides, antifúngicos, antirretrovirais, orlistat), doenças granulomatosas, linfomas, idosos com história de fraturas, gestantes e lactentes, e obesos.